sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Obrigada

Bem, encontrei este texto em meio à minhas anotações. É um rascunho de um momento "altamente perigoso", vivido por mim em 2008, rss:


Eu levei uma rasteira. Já levantei, mas não consigo não pensar em você.
Não sei o que você pensa a meu respeito. Quanto vale tudo o que fiz por você?
Depois de tanto tempo, hoje eu relembrei de tudo de bom, de tudo de ruim, de tudo o que fiz, do que não ofereci e de sua desfeita diante do meu sacrifício.
Esse sacrifício não foi de mim à você, foi de mim à mim, de muito tempo. A necessidade foi suprida com a presença de manifestações geradas no meu interior.
Estou lembrando de tudo e só consigo chorar.
Chorar diante da falta de clareza, da mentira e falta de sinceridade.
Já te pedi perdão por te amar, mas agora, ironicamente, te agradeço por não me ajudar. Obrigada por me deixar afogar.
        Afogar nesse sentimento tão bom, mas mal utilizado por mim para dar-lha a ti. Me afundar na clareza da sutil iveracidade. Por recolher a mão para me ajudar no lodo do monstro que o doutor criou. Pelo caminho errado que deixou de me avisar quando me viu avançar.
        Obrigada pelo embaraço interior!
        A culpa também é minha, mas quem sabia jogar e não delimitou espaço e regras não fui eu.
        Meu coração se afoga nas lágrimas-chuvas-ácidas sabendo que tem culpa e existem culpados.
        Obrigada.