terça-feira, 8 de março de 2011

O Egoísmo

      Eita mundo que gira. Você não sabe nem pra que lado será jogado na próxima volta.
      Vivi bastante tempo me doando aos alheios. Com palavras principalmente, mas também com afeto, carinho, atenção. Eh como se eu vivesse nas novelas onde sempre há aquele personagem que no auge do drama se torna um insólito revoltado; afinal de contas, quem é bonzinho sempre se dá mal no final. Me tornei uma egoísta. Egoísta pra cuidar de mim, nada altruísta no momento.
      A música Máquina do Tempo, de Aggeu Marques diz: "...choro de saudades do que já se foi(...) mas também quero tropeçar nas mesmas pedras do caminho..." e hoje eu odeio essa expressão; adoro a canção, mas tropeçar nas mesmas pedras pra nada, chorar pelo que te fez mal?...não!
    Quando você sofre e vê que toda a sua abnegação não valeu de nada, a primeira lembrança que surge é aquela de que ainda existe vida em você. Que todo amor e carinho dados à alguem que não lhe deu minimamente alegria, poderiam ter sido dispensados a si próprio, e agora se existisse mesmo a tal Máquina do Tempo...ohou! pense!
    O Egoísmo nem sempre é um sentimento horrendo. Traz a vida que muitas vezes foi esquecida num momento de filantropia excessiva.
   Então nós voltamos à tal música do Aggeu e fazemos uma relação com, aquela do Jorge Vercilo que diz: "...não se ofenda com meus amores de antes, todos eles foram ponte pra que eu chegasse à você.."
Entendemos que os caminhos que a vida nos dá para trilhar são aqueles que nos darão a vida do presente. Se não tropeçassemos em pedras nem em pessoas talvez fosse difícil dizer como seria a vida do fulano hoje.
    A grande verdade é que deve-se ter muita coragem pra não seguir um caminho e sim, abrir uma trilha em meio aos acontecimentos.Tavez seja a melhor forma de "egoistar" pra viver bem, sem alguém.
    Trilhas,vida, pedras, amores, egoísmo, altruísmo, Aggeu, Jorge, alegria, tristeza...misturamos tudo isso e fazemos uma grande salada concluindo que, se toda a vida oferecida foi dispensada e banalizada, uma hora é necessário rever a importância da sua própria vida. E então, não há aquele que poderá rotular e dizer que você nunca se importou.

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