sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Pra te considerar eu ainda preciso...


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Eu vou me alimentando da sua imagem à procura de quem é você pra mim.
Estou tentando encontrar a química que te produziu, a energia que te move.
Procuro seu sorriso atràs dessa barba, seus braços diante deste violão...



Quantas síncopes foram necessárias para que seus ouvidos e suas mãos soubessem produzí-las?
Quantos anos foram necessário para te dar uma voz envolvente dessa?
Quanto tempo você estudou contra ou a favor da Direita ou da Esquerda?
Quantos litros de álcool foram necessários para te dar uma barriga assim?
As suas células nervosas ficam nervosas? O seu olhar único se perde além da partitura?



Você é formado mais do Carbono ou do Ferro? Mais de Proteínas ou de carboidratos?
O que te vitamina mais é o B6, D ou E? Tem mais J, O, A ou O²?
A energia do Sol e da Lua tem mesmo efeito sobre você?
A música é a mágica que você usa melhor?



Ainda desfibrilo cada detalhe do seu som, do seu dom, do seu tom.
Ainda desseco cada olhar e cada movimento...
E sabendo bem quem você é, eu não quero nada além de te olhar em cima deste pedestal...
de contemplar a imagem do meu sonho projetado e nunca descobrir quem você realmente é cidadão barbudo!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Despintado

"Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, a raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, desencaixotar minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me e ser eu." (Alberto Caeiro)

         Acho que deveria descobrir onde fica essa nascente de água raz que despinta a pintura da minha pureza. Eu olho pra meses atrás e vejo tudo que eu queria ser no hoje que acaba. Toda minha bondeza se desgasta porque de algum lugar entre a mente e o coração, um desejo insano e inconseqüente de celebrar o opróbrio das minhas ações, exala sem sacrifício.
         Olho minha despintura e não acredito que tenha valhido me banhar na saliva alheia, no suor do outro. Uma tinta escura embaça minhas vistas enquanto oferece guloseimas tentadoras aos outros sentidos; mas não posso ver que por de trás disso tudo, um banho de solvente me aguarda.
         Tenho necessidade de água límpida, de banho de tinta; aquele que me faz sentir bem com quem sou e não com a manipulação exercida por meu mero corpo.
          O resíduo que pinga de mim perdura uníssono em meus ouvidos gerando monotonia, enquanto os resquícios que ainda me restam de cor e beleza entoam singulares timbres que magificam o universo implorando por mais uma mão; mão de tinta, mão de ajuda, um toque em minha mão, que me jogue na inslolubilidade, me tirando do desgaste causado por todo tipo de chuva- ácida- solvente que não solve meus desatinos e inseguranças.
            Deveria descobrir o afluente de tanto infortúnio que me rega por todos os lados transformando-me naquilo que não desejo ser; despintado porque todo mundo é!


Raiely Arruda de Souza (12-10-11)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Reconstruindo a configuração padrão

Um dia eu decidi deletar.

Como há beleza na interdisciplinariedade! A gente mistura sentimento com informática, tecnologia com coisas rudimentares e pow! tudo gera aprendizado.
Vou ser bem sincera. Um dia eu chorei de raiva, porque pensei em 1001 formas de esquecer alguém, sem sucesso ao fim, é claro. Mesmo assim, decidi deletá-lo de mim.


Pensei: quero deletá-lo para não lembrar mais sua voz, para não lembrar do seu olhar, para não lembrar do seu cheiro, para não lembrar do seu gosto, para não lembrar do seu toque, para não lembrar seu jeito, para não lembrar seu carinho, para não lembrar sua feição, para não lembrar sua aparência, para não lembrar seus conhecimentos, para não lembrar sua força, para não lembrar seu espírito, para não lembrar seu papo, pra não lembrar sua bondade, para não lembrar suas estórias, para não lembrar seu sorriso, para não lembrar seu xeque-mate... em mim.


Então, num flash da hora, processei! Não seria suficiente deletá-lo para esquecer (lembrei das aulas de informática do cursinho da PM, rss...). Mesmo que eu deletasse ele ali, da pasta “Coração da Rai”, essa cluster já teria adaptado-se ao tamanho deste arquivo. Ainda assim, sendo deletado, ele deixaria a “marca do espaço vazio” e iria para a lixeira, ou “lugar onde você não gostaria de estar”. De lá pra cá, de cá pra lá, ele andaria deixando registros por onde passasse.


Quis deletar, por aí então eu poderia fazer um scandisck, que realizaria as correções de erros no disco EU:. Depois limparia o disco, que facilitaria a exclusão dos arquivos por varredura. Usaria o desfragmentador, que organizaria o sistema, otimizando a utilização dos discos e... não faria um beckup, não gostaria de assegurar lembranças e se brincasse Restauraria logo o PC Rai e acabou (desconfiguração).


Pronto! Deletei, excluí, chorei de arrependimento, ri de desarrependimento, ri de novo, porque meu SO não é tão bom...


Sempre há lixo pra ser eliminado e só um “Del” não dá conta de nos fazer esquecer. Assim como eu, busque um bom programa de gerenciamento pra sua estrutura física e lógica, pra não ter que reconstruir sempre sua configuração padrão.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Acreditar

Quantas vezes já ouvimos: "Não acredite em ninguém", "não confie", "não se abra"...?
Eu não vou defender a reputação de ninguém, mas me perdoem, ensinarei meus filhos a acreditarem nas pessoas.

Já viram criança que cai muito e sempre machuca o mesmo joelho, no mesmo lugar? Ou rapazes que lutam e calejam as canelas? Depois de um tempo você pode tirar a prova real: cutuque BEM o lugar...talvez ele nem sinta dor, ou sinta cócegas.
As pessoas fazem isto conosco; nos tornam insensíveis. Grandes feridas ambulantes.
Já viram "Up, Altas aventuras"? O velinho, no final do filme volta a ser sensível, por causa do menininho e da Narceja.
As pessoas fazem isto conosco; nos tornam mais sensíveis; Corações de carne ambulantes.
Vou defender minha raça. Estamos aí pra semor escolhidos e escolher. Não dá pra viver como se todo mundo fosse igual... (isso serve bem pra mim).
Amigas e amigos, não somos o centro do universo. Não é todo mundo que vai perder seu raro tempo falando mal de mim ou de você. Não é todo mundo que vai querer se relacionar com você para sumir em um mês. Não é todo mundo que mente, finje, dissimula, mas...não é todo mundo que vai sorrir verdadeiramente pra você. Não é todo mundo que vai tratar você como se fosse único...
...acreditar nas pessoas é um dom.
Eu acredito que podem ser as melhores e as piores, as mais gentis e mais rudes, as mais atraentes e mais repulsivas...depende da forma que eu busco.
O bom é poder acreditar, pois elas mudam o nosso modo de ver o mundo.
Eu vou ensinar a ACREDITAR.

sábado, 4 de junho de 2011

Eu ainda prefiro a Couve-Flor com 7M (sétima maior)

......Estou de quixo caído. 


Acabei de voltar de uma apresentação da Família Lima. Vê-los na tv ou em vídeos não proporciona a dimensão do talento dos caras. Dá para sentir que tiveram que estudar (aplicar a inteligência, analisar e examinar, adiquirir e fixar conhecimento*) e se habilitar (tornar-se ágil, apto, capacitado*) para fazerem uma música que segundo o tema do evento era "música boa". Detalhe: a entrada era gratuita.

Há alguns dias tenho analisado a questão da audição musical contemporânea, principalmente das massas populares. E qualquer estudioso ou não, percebe que muitas vezes não há critérios para escolher o que se vai ouvir. Alguns chegam a ser ignorantes dizendo que "isso de música boa é para quem sabe", ou seja, as pessoas que apreciam BOAS COMPOSIÇÕES possuem educação musical profunda, o que não é verídico. Muitas vezes pessoas não se atém diante de uma "música pobre" porque isso não à enriquece em nada- e pode nunca ter sentado diante de um professor de HMB (história da música brasileira), MCT (música contemporânea) ou o simples PEM (percepção musical).**

Não quero entrar nos méritos de que essa "culturalização boa" não pode ocorrer, por falta de incentivos dos governos ou da classe social do sujeito. Sabemos o que dificulta ou facilita; não precisamos ver o governo investindo (mesmo que pouco) em apresentações culturais ou novas tecnologias, se o cidadão se rechassa e se desapropria do que é oferecido, por se achar incapaz de " compreender"...por exemplo, uma sonata.

Discussões a parte, tive um flash de inspiração. Pensei: "A música é como comida, mas para a alma".Por que? Nos alimentamos para nutrir nosso corpo com vitaminas, minerais, etc. Precisamos muito! sendo estes, essenciais. Mas também é bom comer sal, açucar e gordura em excesso de vez em quando, mas não é saudável. Da mesma forma a música; não dá pra viver ouvindo "sal, açucar e gordura" só porque é o que te oferecem e é mais saboroso. Uma verdura bem preparada, deixa no chinelo um pacote de salgadinhos. Uma música bem harmonizada, arranjada, encorpada fala muito mais a alma do que uma letra que só vulgariza os sentimentos, o povo e a vida.

Talvez o problema seja que aprendemos a ter a música como um pano de fundo e não como arte, que tem conteúdo, mensagem, conhecimento.

Eu quero acreditar que as pessoas podem se alimentar musicalmente bem, mesmo com a carência de oportunidades, com o orgulho de não presisar de "música de rico" e com o não querer culturar-se.

Família Lima, misturando violino com pedaleira, Celo com Baixo elétrico; música boa pra quem QUIS apreciar. E enquanto tem gente nadando no refrigerante e no hambúrguer- sempre, eu fico com as jabuticabas alteradas, as anchovas sustenizadas e...eu ainda prefiro a couve-flor com 7M (sétima maior).



*estes significados foram extraídos do Dicionário.
**são termos que não precisam ser dissecados para serem compreendidos (são matérias oferecidas na EMB).

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quem é você?

  

Uma linda e perfeita colocação feita no livro "Sem medo de viver" do Pr. Max Lucado foi sobre medo de não ser importante, ou, quem é você de verdade.

Nos últimos dias têem me falado muito sobre persolnalidade, identidade, etc. Acho que algo no sobrenatural está tentando puxar minha orelha com relação à isso, mas ainda não achei aonde, rss. Tenho lido uma bela pregação do Pr. Neill Enderson sobre este tema e lido este livro do Lucado, rss...mas minhas experiências celestiais à parte.. Gostaria de dividir com vocês uma lição do Livro do Pr. Max:

"Por que ele [Deus] ama tanto você? Pelo mesmo motivo pelo qual o artista ama seua quadros ou o construtor de barcos ama seus barcos. Você é ideia dele! (...)"

Uma moça comenta uma das preleções dele da seguinte forma:
" No filme 'Hook- a volta do capitão Gancho' Peter Pan tinha crescido, envelhecido e engordado, e não parecia nenhum pouco com o Peter que os meninos perdidos conheciam. Enquanto os meninos gritavam que esse NÃO era o Peter, um dos meninos menores o pegou pela mão e o puxou até seu nível. Então colocou suas mão no rosto de Peter e começou a mexer em sua pele, dando nova forma a seu rosto. O garoto olhou nos olhos de Peter e disse: 'Aí está você Peter!' (...) Ao longo do fim de semana pude sentir as mãos de Deus no meu rosto, limpando todas as coisas que eu tinha levado. E aí eu o ouvi deizer: ' Aí está você! Aí está Você!' "

" Shhh. Escute. Você está ouvindo? Deus está dizendo a mesma coisa para você. Encontrando a beleza que os anos enterraram , o brilho que o tempo tenta tirar. Vendo você e adorando a pessoa que ele vê. ' Aí está você! Aí está Você!' "



Só Jesus mesmo!

terça-feira, 24 de maio de 2011

O Relógio e o amor-ação

Ao imoral amor que nos pregam- aquele que é sentimento e não ação.

Já desconfiava a tempos e tempos que sofremos muito em relacionamentos amorosos, mas descobri que a culpa não é do amor-ação (o verdadeiro), mas do amor-sentimento (que fomos escolarizados a crer que é bom).




Aprendemos que aquilo que nos sufoca, aperta o peito, tira o fôlego, a sanidade, nos deixa sem chão, abobalhados é amor. Acho que isso tudo é resultado de uma brutal tortura nazista, isso sim.
Não quero falar sobre meus absurdos devaneios a respeito do que é amor. Só que descobri que sofremos por estar amando da forma errada. Um amor que é provado, mensurado, categorizado.

O Marco Nanini protagoniza um filme juntamente com a Patrícia Pilar que se chama “Amor & Cia” (de Helvécio Ratton-1998). Já no desfecho, ele diz à ela uma frase que me marcou muito, pois acho que então ele contemplou o amor dela. Ele está pedindo para ela voltar para casa e usa como desculpa o fato de ela ajustar o relógio sempre, e diz: “...só você sabe fazer o relógio andar...” e vemos uma bela relação entre o relógio e a vida quando diz: “...minha vida parou.” Ele sentia-se carente do amor-ação dela. Teria sentido falta?...Podia agir agora?


Pequenas ações. Assim como o Nanini, o namorado da minha amiga, eu...não dá para viver sem alguém que ajuste nossos ponteiros (aja).
Não quero ter de me arrepender por não ter valorizado atos simples ou atos burros quando eu acordar e não ver mais o relojoeiro ao meu lado. Quero agir sempre, para que ele nunca me deixe sem ajuste.
Quero uma ação! pois “...só você sabe fazer o relógio andar..” mas “...minha vida parou.”

quinta-feira, 19 de maio de 2011

As Interrogações "musicológicas" para o João

Saí terça-feira da aula de violão inquieta. Estive pensando porque uma pessoa faz música para viver. O que oferece, o que traz, à que leva?
Então perguntei para o João (meu prof de violão) o que levava alguém a querer ser músico. Ele respondeu: "...porque a pessoa gosta."
Minha mente, nada satisfeita com a resposta que seria a única para 20 minutos de discussão, tinha lápsos de pensamentos superacelerados que questionavam sobre utilidade, profissão, funcionalismo, sociedade.
E o pecado maior para quem vai fazer 11 longos anos de Escola de Música foi: "...o que o músico faz?"
Como assim??? É ser muito retórico não? Músico faz a sublimidade acontecer, manipula pensamentos, incita opiniões, transmite seu eu, encanta, tranquiliza...usando a música.(...) Acho que foi  isso que entendi..rss.
Mas o que mais me chamou a atenção foi o João falando disso. Lembro-me do meu dentista dizendo que o meu tratamento foi um dos mais bonitos que ele já fez...mas são só dentes; para nós. Para ele é a real beleza. Ou um cirurgião achando lindo os pontos e cicatrizes que ficam na pele. Então, pense num músico falando de música. Era o João.  Ele parece uma mistura de socialista idealista com emancipador de gente, cara que não joga papel na rua, respeita faixa de pedestre e ainda é um esportista saudável, moço que muda gente sem querer.Depois daquele papo me deu vontade de largar a pedagogia e ir filosofar musicalmente.
Conclusão? Ele me fez pensar que ser músico é uma profissão como qualquer outra. Que esta, sozinha na sociedade, não funcionaria, como qualquer outra profissão que sucumbiria com a existência única, de si mesma.
E ao final ele disse: "...eu sou músico porque eu gosto." Que deleite é saber que ainda se pode fazer o que se gosta para sobreviver.
E quarta-feira o Flávio ainda acrescentou um fato bem relevante, música é distração, entreterimento...não dá pra viver ser essa graça.
Acho que vou fazer música, eu gosto..rss.

domingo, 17 de abril de 2011

Eu Milú...


Antigo, sobre meu cachorrinho:

O mais engraçado de tudo na vida,é ver que você pode falar da vida.

Como nas coisas mais normais que nos acontecem,vemos que deixamos tantos detalhes de lado..

por exemplo, sei que meu cachorro quer brincar comigo agora. Ele olha pra mim com aquela carinha de coitado...me traz uma bola, um carrinho de borracha, um pano imundo que ele encontrou na porta...mas nada disso- agora- me é chamativo, por que, não sei. Talvez porque eu não brinque com esse tipo de coisa, ou porque eu não seja um cachorro e não veja como tal.


Mas...será que não é assim com algumas pessoas que estão aqui pertinho de mim...ou então isso aconteça comigo mesma...


Eu devo é estar querendo atenção de alguém, mas ALGUÉM nem me vê...

Sabe quando não dá pra você ouvir: "agora nao tem como!"...? Eu sei como é isso.


Igual ao Milú, tentando me chamar pra brincar e eu sem dar atenção...EU Milú querendo sua pouca afabilidade, infeliz dicipante da pouca infelcidade que me reduz ao nada descontente de meu ar...

Coração estiolando-se à procura de mais e mais...o que? Mais do quê você descurou...pra viver aquela incitação, provocação sem motivos.


EU Milú, pobre indigente, necessitando do meu paninho sórdido sacutido por uma mão amiga. Absorta no planeta dos necessitados mimados... aqueles que se descontentam com a falta de reciprocidade e estão infelizes sem ajuda dos sãos mentais...quem vive sem precisão de outro alguém...

EU Milú, tenebrosa...falante chorona, que dificulta seu entendimento de cada frase aqui composta...


EU Milú, amor e amor...dizendo infindavlmente: me ponha parte de suas venturas...


A vida falada e sentida, sem reclamações, colocações extensinvas,mais nada, na vida do pobre Milú.

terça-feira, 8 de março de 2011

O Egoísmo

      Eita mundo que gira. Você não sabe nem pra que lado será jogado na próxima volta.
      Vivi bastante tempo me doando aos alheios. Com palavras principalmente, mas também com afeto, carinho, atenção. Eh como se eu vivesse nas novelas onde sempre há aquele personagem que no auge do drama se torna um insólito revoltado; afinal de contas, quem é bonzinho sempre se dá mal no final. Me tornei uma egoísta. Egoísta pra cuidar de mim, nada altruísta no momento.
      A música Máquina do Tempo, de Aggeu Marques diz: "...choro de saudades do que já se foi(...) mas também quero tropeçar nas mesmas pedras do caminho..." e hoje eu odeio essa expressão; adoro a canção, mas tropeçar nas mesmas pedras pra nada, chorar pelo que te fez mal?...não!
    Quando você sofre e vê que toda a sua abnegação não valeu de nada, a primeira lembrança que surge é aquela de que ainda existe vida em você. Que todo amor e carinho dados à alguem que não lhe deu minimamente alegria, poderiam ter sido dispensados a si próprio, e agora se existisse mesmo a tal Máquina do Tempo...ohou! pense!
    O Egoísmo nem sempre é um sentimento horrendo. Traz a vida que muitas vezes foi esquecida num momento de filantropia excessiva.
   Então nós voltamos à tal música do Aggeu e fazemos uma relação com, aquela do Jorge Vercilo que diz: "...não se ofenda com meus amores de antes, todos eles foram ponte pra que eu chegasse à você.."
Entendemos que os caminhos que a vida nos dá para trilhar são aqueles que nos darão a vida do presente. Se não tropeçassemos em pedras nem em pessoas talvez fosse difícil dizer como seria a vida do fulano hoje.
    A grande verdade é que deve-se ter muita coragem pra não seguir um caminho e sim, abrir uma trilha em meio aos acontecimentos.Tavez seja a melhor forma de "egoistar" pra viver bem, sem alguém.
    Trilhas,vida, pedras, amores, egoísmo, altruísmo, Aggeu, Jorge, alegria, tristeza...misturamos tudo isso e fazemos uma grande salada concluindo que, se toda a vida oferecida foi dispensada e banalizada, uma hora é necessário rever a importância da sua própria vida. E então, não há aquele que poderá rotular e dizer que você nunca se importou.

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Obrigada

Bem, encontrei este texto em meio à minhas anotações. É um rascunho de um momento "altamente perigoso", vivido por mim em 2008, rss:


Eu levei uma rasteira. Já levantei, mas não consigo não pensar em você.
Não sei o que você pensa a meu respeito. Quanto vale tudo o que fiz por você?
Depois de tanto tempo, hoje eu relembrei de tudo de bom, de tudo de ruim, de tudo o que fiz, do que não ofereci e de sua desfeita diante do meu sacrifício.
Esse sacrifício não foi de mim à você, foi de mim à mim, de muito tempo. A necessidade foi suprida com a presença de manifestações geradas no meu interior.
Estou lembrando de tudo e só consigo chorar.
Chorar diante da falta de clareza, da mentira e falta de sinceridade.
Já te pedi perdão por te amar, mas agora, ironicamente, te agradeço por não me ajudar. Obrigada por me deixar afogar.
        Afogar nesse sentimento tão bom, mas mal utilizado por mim para dar-lha a ti. Me afundar na clareza da sutil iveracidade. Por recolher a mão para me ajudar no lodo do monstro que o doutor criou. Pelo caminho errado que deixou de me avisar quando me viu avançar.
        Obrigada pelo embaraço interior!
        A culpa também é minha, mas quem sabia jogar e não delimitou espaço e regras não fui eu.
        Meu coração se afoga nas lágrimas-chuvas-ácidas sabendo que tem culpa e existem culpados.
        Obrigada.