domingo, 17 de abril de 2011

Eu Milú...


Antigo, sobre meu cachorrinho:

O mais engraçado de tudo na vida,é ver que você pode falar da vida.

Como nas coisas mais normais que nos acontecem,vemos que deixamos tantos detalhes de lado..

por exemplo, sei que meu cachorro quer brincar comigo agora. Ele olha pra mim com aquela carinha de coitado...me traz uma bola, um carrinho de borracha, um pano imundo que ele encontrou na porta...mas nada disso- agora- me é chamativo, por que, não sei. Talvez porque eu não brinque com esse tipo de coisa, ou porque eu não seja um cachorro e não veja como tal.


Mas...será que não é assim com algumas pessoas que estão aqui pertinho de mim...ou então isso aconteça comigo mesma...


Eu devo é estar querendo atenção de alguém, mas ALGUÉM nem me vê...

Sabe quando não dá pra você ouvir: "agora nao tem como!"...? Eu sei como é isso.


Igual ao Milú, tentando me chamar pra brincar e eu sem dar atenção...EU Milú querendo sua pouca afabilidade, infeliz dicipante da pouca infelcidade que me reduz ao nada descontente de meu ar...

Coração estiolando-se à procura de mais e mais...o que? Mais do quê você descurou...pra viver aquela incitação, provocação sem motivos.


EU Milú, pobre indigente, necessitando do meu paninho sórdido sacutido por uma mão amiga. Absorta no planeta dos necessitados mimados... aqueles que se descontentam com a falta de reciprocidade e estão infelizes sem ajuda dos sãos mentais...quem vive sem precisão de outro alguém...

EU Milú, tenebrosa...falante chorona, que dificulta seu entendimento de cada frase aqui composta...


EU Milú, amor e amor...dizendo infindavlmente: me ponha parte de suas venturas...


A vida falada e sentida, sem reclamações, colocações extensinvas,mais nada, na vida do pobre Milú.