segunda-feira, 30 de abril de 2012

Estrela do Oriente, Eu? Não!

        Quando olho para o céu, no breu noturno do campo frio, eu contemplo pontos pratas a tilintar meu olhar. Tão altos e tão certos de si...Quando vejo o escuro “despercebo” o que há ao meu redor e só contemplo as estrelas. Mas eu esqueço o que não posso e acendo as minhas luzes; as estrelas se apagam. De pé ou deitada, no alto ou no vale, a distância parece ser a mesma, o brilho parece ser o mesmo até eu acender a minha luz.
       Quando eu acendo as minhas luzes as estrelas se apagam. Quando eu acendo minhas luzes eu esqueço que não adianta tentar fingir ser o que não sou. Não sou estrela. Quando perco o foco da luz prateada me amedronto com a gama de luz artificial que tenta cegar.
       O meu espírito tenta se refugiar nas alturas, nesta luz, que bem de longe, parece não me queimar, parece não me querer mal, parece me aceitar.
       Se quando eu olhar para a estrela do Oriente eu não teimar em tentar ser como ela, nem me perder com as luzes do meu próprio ser e ao meu redor, talvez eu encontre paz junto à sua luz.
Estrela do Oriente, Eu? Não!

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